O prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Dr. Aluízio, apresentou um painel sobre a crise nacional e internacional nesta terça-feira (22), à noite, na Cidade Universitária. O objetivo é esclarecer e mostrar aos diversos segmentos da sociedade o que está acontecendo no cenário econômico e político, principalmente no Brasil, e as consequências que isto está trazendo para o município que é pautado pela indústria de petróleo e gás há 40 anos. Macaé possui cerca de 4.500 empresas de pequeno, médio e grande porte que atendem ao segmento offshore e são responsáveis por cerca de R$ 840 milhões em arrecadação de Imposto sobre Serviços (ISS).
A apresentação foi pautada nas notícias veiculadas na grande mídia nos últimos meses.
- Vivemos uma crise internacional. Macaé e o Brasil são pautados pela indústria do petróleo, que representa 12% do PIB nacional e 30% do PIB estadual. De junho de 2014 a janeiro de 2015 perdeu-se 50% do preço do barril do petróleo. Isso tudo provocou um grande impacto. Ninguém poderia imaginar que essa queda seria tão acentuada e que pudesse gerar tantas outras intercorrências econômicas – destacou o prefeito para uma plateia formada por universitários, professores e diretores de faculdades.
Dr. Aluízio destacou que o governo municipal fez a opção de alertar a sociedade sobre a gravidade da crise. A administração municipal já diminuiu o valor dos salários comissionados e instituiu como limite o salário do prefeito (R$ 12 mil), fez a revisão de contratos e está entregando vários prédios locados. Mesmo com essa economia, a redução do valor do repasse dos royalties por conta da queda do preço do barril de petróleo ainda não é suficiente para manter os investimentos em infraestrutura, segundo a prefeitura.
- O município, hoje, realiza uma de suas maiores obras que é o investimento em saneamento. Vamos chegar até o final desse ano com 60% de esgoto tratado. Essa obra gera, diretamente, 600 empregos e que vai beneficiar toda a cidade e a recuperação dos corpos hídricos, como rios e canais – explicou Dr. Aluízio, completando que o município conseguiu economizar R$ 76 milhões em licitações em dois anos e meio, gerando assim, recursos para obras de infraestrutura.
Fotos: Flávio Sardou
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