Os quase 500 examinadores de provas práticas do Detran comemoraram, nesta sexta-feira (25/9), a sua data, assistindo palestra e debates sobre aspectos de sua profissão e a uma comédia de situação com esquetes inspiradas no dia a dia da categoria. O evento, que fez parte das comemorações da Semana Nacional de Trânsito, foi realizado no Cine Odeon, no Centro do Rio.
A encenação versou sobre a falta de boas maneiras e de profissionalismo de examinadores na hora em que o candidato a motorista é submetido ao exame de direção, mostrando, por outro lado, exemplos de condutas corretas dos servidores.
-- Já flagramos examinadores falando ao celular durante as provas práticas. Somos nós que fazemos o trânsito e, se você fala no telefone no meio do exame, que exemplo vai dar para aquele condutor?”, indagou para a plateia o diretor de Aprendizagem do Detran, Alexandre Henriques, após assistir à encenação..
Comentando a encenação -- onde também foram incluídos exemplos de posturas inadequadas de candidatos a motorista --, o diretor da Divisão Médica do Detran, Gustavo Meirelles contou que um examinador, em recente conversa, lhe disse ser capaz de prever se uma determinada pessoa será ou não aprovada no exame, bastando olhar para ela no trajeto até o carro onde será realizada a prova.
A diretora de Habilitação do Detran, Janete Bloise, falou de outras atitudes que produzem a reprovação dos candidatos:
-- Não dá para o examinador alegar que o aluno foi reprovado só por nervosismo. Há outras questões também. Vejam esse exemplo: um dono de autoescola contratou uma consultoria e, um ano depois, desenvolveu um software por meio do qual identifica o desempenho dos seus instrutores, tendo descoberto que um deles tinha o vício inadmissível de apoiar o pé na embreagem.
Para o coordenador-geral de Educação do Detran, João Marcelo Gueiros, há questões profundas e difíceis de serem detectadas nos candidatos até por exames clínicos.
-- Tivemos o caso de um candidato sem memória cognitiva. Ele esquecia tudo o que aprendia logo no dia seguinte, tipo de problema que os exames médicos habituais não são capazes de identificar. Em casos assim, os instrutores, ao perceberem a deficiência, devem ter uma conversa franca com o candidato, para alertá-lo de que eles não têm condições de assumir a direção de um veículo.
O evento no Cine Odeon foi encerrado com uma homenagem ao examinador Luiz Henrique da Silva, morto neste ano num acidente quando retornava de uma sessão de exames na Cidade das Crianças, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
-- Vamos reabrir a pista de lá com o nome dele -- revelou o diretor de aprendizagem, Alexandre Henriques, que, em nome de todos os examinadores, recebeu uma placa e uma medalha pelo dia da categoria.
Fonte: ASCOM
Fotos: Divulgação
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