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Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, já começa a
expandir os serviços para a área do petróleo. A Prumo Logística Global,
responsável pelo Porto, assinou, na semana passada, um contrato de transbordo
com a empresa BG Brasil, que atua nas áreas de exploração e produção de óleo e
gás e de gás natural liquefeito em mais de 20 países. O contrato prevê a
utilização do Terminal de Transbordo de Petróleo “ship to ship” (navio por
navio) — que está em fase final de obras — por 20 anos e deve começar a funcionar
em agosto de 2016. Desde o derramamento de petróleo que ocorreu em março deste
ano no terminal da Transpetro em Angra dos Reis, o procedimento vem acontecendo
no Uruguai e os custos desse serviço no país vizinho, segundo a Petrobras,
“dependem do destino da carga, que pode ou não implicar em alterações no
trajeto dos navios”.
Essa nova vertente explorada pelo Complexo Portuário, junto
ao Terminal de Minério que está em funcionamento desde o ano passado, poderá
ser uma alternativa para diminuir a dívida de cerca de R$ 2,9 bilhões, deixada
por Eike Batista após a queda do “império X”. De acordo com a Prumo, o contrato
prevê a movimentação inicial de um volume médio de até 200 mil de barris de
petróleo por dia, o que significa a geração de um receita anual de até R$ 100
milhões. O Terminal de Transbordo terá três berços para atracação dos navios
exportadores e a infraestrutura vai possibilitar uma operação segura e rápida,
o que, segundo a Prumo, poderá “aumentar a competitividade do petróleo
brasileiro” e “contribuir para o avanço na indústria no norte do Estado do Rio
de Janeiro”.
No Terminal, a operação de transbordo vai acontecer em área
abrigada por um quebra-mar, onde os navios estarão atracados e cercados por
barreiras de contenção. Este tipo de operação permite maior segurança no
transbordo para que não haja derramamento acidental. No primeiro ano de
funcionamento, o terminal terá 20,5 metros de profundidade e poderá receber
inicialmente navios “Suezmax” (com capacidade de carga de 1,1 milhão de barris).
Até o final de 2017, a Prumo deverá aumentar a largura e profundidade do canal,
permitindo a operação com navios “VLCC” (que pode carregar mais de 200 mil
toneladas de carga).
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A área ainda incluiu um espaço licenciado para armazenamento
e tratamento do óleo cru, o que pode contribuir na atração de outros clientes,
que também necessitam deste tipo de serviço para consolidar os seus produtos
antes da venda. “Com operação de minério de ferro desde o ano passado, nós
agora começamos uma nova linha de negócios com nosso primeiro cliente no
transbordo de petróleo. Este é mais um relevante marco para o Porto do Açu”,
declarou Eduardo Parente, CEO da Prumo.
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