quarta-feira, 29 de julho de 2015

Prefeitura de São João da Barra tem projeto para foz do Paraíba

Os problemas enfrentados pelos pescadores de Atafona na foz do rio Paraíba do Sul têm uma solução prevista pela Prefeitura de São João da Barra. Em nota, o município informa que o projeto apresentado recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), de recuperação da praia de Atafona, prevê a dragagem da foz do Paraíba. O plano está em fase de licenciamento e obtenção de recursos, ao custo aproximado de R$ 50 milhões e um prazo estimado de sete meses para execução das obras. Além disso, a secretaria de Planejamento argumenta que o problema na foz é “consequência do que acontece na bacia do rio como um todo”. Como os pescadores também pedem a participação da Prumo na solução do assoreamento, em nota, a empresa afirmou que “mantém diálogo com o poder público local para apoiar iniciativas que possam auxiliar na busca de alternativas para o enfrentamento da questão”.

Já o prefeito José Amaro Martins de Souza, Neco (PMDB), com apoio de sua equipe técnica, estuda a possibilidade de acionar judicialmente as hidrelétricas ou a Agência Nacional de Águas para receber recursos de compensação ou royalties pelos prejuízos causados ao município.

— Com a construção das 12 maiores hidrelétricas no rio Paraíba, principalmente Santa Cecília em 1952, o volume de água começou drasticamente a reduzir. Não havendo volume suficiente passando pela foz do Rio, o sedimento (areia) começou a ficar retido na foz, causando o assoreamento, diminuindo cada vez mais a profundidade prejudicando o abastecimento de água potável para a população e também a saída dos barcos para pescar — disse o secretário de Planejamento Sidney Salgado.

Com relação ao abastecimento de água, o prefeito, através do Comitê de Bacia do Rio Paraíba do Sul Região da Foz, conseguiu recursos para a perfuração de poços profundos para garantir a continuidade do abastecimento. Com relação a foz do Paraíba, o projeto do INPH de recuperação da orla de Atafona tem como metodologia a retirada e a utilização da areia da foz. “Cabe lembrar que em 1952, quando da construção da Hidrelétrica de Santa Cecília, o volume de água que passava na última estação de medição antes de chegar a São João da Barra era de 1000 m³ por segundo. Hoje está passando aproximadamente 252 m³ por segundo”, relatou Sidney.

Prumo — A assessoria informou que a empresa tomou conhecimento, a partir das informações disponibilizadas pelos órgãos públicos competentes, a respeito da retenção de sedimentos e assoreamento na foz do Paraíba, “decorrente do longo período de estiagem e variações de vazão, o que vem dificultando a navegabilidade nesse trecho do rio”. A Prumo afirma que “está acompanhando as iniciativas dos órgãos públicos que estão atuando para buscar uma solução para essa complexa questão ambiental” e que “mantém diálogo com o poder público local para apoiar iniciativas que possam auxiliar na busca de alternativas para o enfrentamento da questão”.

Fonte: Folha da manhã
Foto: Divulgação

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