Os problemas enfrentados pelos pescadores de Atafona na foz do rio Paraíba do Sul têm uma solução prevista pela Prefeitura de São João da Barra. Em nota, o município informa que o projeto apresentado recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), de recuperação da praia de Atafona, prevê a dragagem da foz do Paraíba. O plano está em fase de licenciamento e obtenção de recursos, ao custo aproximado de R$ 50 milhões e um prazo estimado de sete meses para execução das obras. Além disso, a secretaria de Planejamento argumenta que o problema na foz é “consequência do que acontece na bacia do rio como um todo”. Como os pescadores também pedem a participação da Prumo na solução do assoreamento, em nota, a empresa afirmou que “mantém diálogo com o poder público local para apoiar iniciativas que possam auxiliar na busca de alternativas para o enfrentamento da questão”.
Já o prefeito José Amaro Martins de Souza, Neco (PMDB), com apoio de sua equipe técnica, estuda a possibilidade de acionar judicialmente as hidrelétricas ou a Agência Nacional de Águas para receber recursos de compensação ou royalties pelos prejuízos causados ao município.
— Com a construção das 12 maiores hidrelétricas no rio Paraíba, principalmente Santa Cecília em 1952, o volume de água começou drasticamente a reduzir. Não havendo volume suficiente passando pela foz do Rio, o sedimento (areia) começou a ficar retido na foz, causando o assoreamento, diminuindo cada vez mais a profundidade prejudicando o abastecimento de água potável para a população e também a saída dos barcos para pescar — disse o secretário de Planejamento Sidney Salgado.
Com relação ao abastecimento de água, o prefeito, através do Comitê de Bacia do Rio Paraíba do Sul Região da Foz, conseguiu recursos para a perfuração de poços profundos para garantir a continuidade do abastecimento. Com relação a foz do Paraíba, o projeto do INPH de recuperação da orla de Atafona tem como metodologia a retirada e a utilização da areia da foz. “Cabe lembrar que em 1952, quando da construção da Hidrelétrica de Santa Cecília, o volume de água que passava na última estação de medição antes de chegar a São João da Barra era de 1000 m³ por segundo. Hoje está passando aproximadamente 252 m³ por segundo”, relatou Sidney.
Prumo — A assessoria informou que a empresa tomou conhecimento, a partir das informações disponibilizadas pelos órgãos públicos competentes, a respeito da retenção de sedimentos e assoreamento na foz do Paraíba, “decorrente do longo período de estiagem e variações de vazão, o que vem dificultando a navegabilidade nesse trecho do rio”. A Prumo afirma que “está acompanhando as iniciativas dos órgãos públicos que estão atuando para buscar uma solução para essa complexa questão ambiental” e que “mantém diálogo com o poder público local para apoiar iniciativas que possam auxiliar na busca de alternativas para o enfrentamento da questão”.
Fonte: Folha da manhã
Foto: Divulgação
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