O território do atual município de São Francisco de Itabapoana, quando da divisão do Brasil em capitanias hereditárias, passou a integrar a Capitania de São Tomé, ou Paraíba do Sul, concedida em 1536 a Pero Góis da Silveira. Esse donatário se estabeleceu na área em 1539, escolhendo, para implantação do núcleo original, o lugar que considerou de solo fértil e abrigado do tempo e dos índios goitacás que dominavam a região. Houve um entendimento com os indígenas, possibilitando a primeira plantação de cana-de-açúcar, próxima ao Rio Itabapoana.
Após segregar com os locais, retornou a Portugal, ficando, em seu lugar, alguns portugueses, até que outra expedição comandada pelo seu filho, Gil de Góis, aqui aportou. O plantio de cana cresceu, mas também ele teve um desentendimento com as tribos dos coroados ao norte e dos goitacás ao sul, e o cultivo foi abandonado.
No ano de 1995, São Francisco de Itabapoana ganha sua autonomia face à edição da Lei 2 379, de 18 de janeiro, desmembrado-se então do município de São João da Barra e sendo instalado em 1º de janeiro de 1997. Terra retratada de “Sertão” e conhecida pelas riquezas e belezas em toda sua extensão territorial de 60 km de lindas praias (de Barra a Gargaú).
O sertão que plantou ouro em forma de mandioca, raiz cultivada pelos índios que se transformou em um dos ingredientes mais populares da culinária brasileira, fez surgir a construção da famosa fábrica de farinha Tipity, idealizada pelo Barão Ludwig Kummer.
O município possui tradição, bem como condições apropriadas para o cultivo da cana de açúcar, nas quais alguns historiadores afirmam que a primeira muda teria sido plantada no então sertão.
Não esquecendo da realeza e imponência das lavouras de abacaxi. Esta fruta se caracteriza por ser sensível ao frio, adaptando-se com maior facilidade às regiões que possuem clima quente como o nosso e até mesmo suportam grandes períodos de secas, o que permite que ela seja cultivada em qualquer tipo de solo. A fruta floresce no inverno e fica pronta para consumo após a primavera.
Algo que jamais poderá ser esquecido é a nossa pecuária extensiva, tão famosa que nos trouxe a tradicional exposição Agropecuária.
Esse “Sertão” vem lutando a cada dia para se destacar como terra rica e produtiva, terra de gente acolhedora e simpática.
É importante ressaltar nossa cultura, rica e diversificada, na qual herdamos dos escravos o jongo e a mana-chica.
As belas quadrilhas, as festas do laço na sua grandeza aqui muito bem representada por nosso Clube dos Laçadores.
As festas religiosas, outro ponto importante, com suas crenças e tradições, seus antigos coretos, as girandas e as procissões.
Terra dos ventos tão fortes, que gera energia, através do Parque Eólico de Gargaú, que está atraindo turistas a fim de registrar as imensas torres de geração de energia que se destacam ao longe – o parque pode ser visto de São João da Barra, do outro lado do rio Paraíba do Sul, a quase 50 quilômetros de distância. O vento que sopra quase incessantemente na região faz as hélices girarem a uma velocidade de até 160 Km/h – um espetáculo que chama a atenção de moradores e turistas.
A tão famosa mata da fazenda, hoje reconhecida por Estação Ecológica, unidade de conservação de proteção integral, tem como principal trabalho a preservação e a conservação da natureza, permitindo atividades de pesquisa científica e visitação com finalidade educativa.
No esporte o então antigo Sertão, vem crescendo e desbravando o desconhecido, com isso oferecendo mais opções de esportes e lazer, além do tradicional futebol.
São Francisco de Itabapoana, terra que promete no futuro ser o marco do Estado do Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário